Cid Arruda Concede Entrevista à Tribuna do Norte e Reafirma: "Rompi Com o Governo, Não com Meu Partido o PMN"
Confira na íntegra toda a pauta da entrevista:
Disputa por cargo provoca rompimento com o governo
A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) já soma a primeira desavença entre os aliados que a apoiaram na campanha eleitoral ano passado. O ex-prefeito de Nova Cruz, Cid Arruda Câmara (PMN), anunciou no último final de semana que não faz mais parte da base governista. Ele alega falta de prestígio em detrimento do principal adversário político no município do Agreste, o prefeito de Nova Cruz, Flávio Azevedo (PMDB). Cid e Flávio protagonizaram uma campanha inusitada no município quando decidiram – ambos protagonistas de grupos radicalmente opostos – apoiar a então candidata do DEM. “A condição foi não subir no mesmo palanque que o grupo oponente”, relembrou Cid. O rompimento foi anunciado após a nomeação da bioquímica Ana Karla Cartacho, mulher do prefeito da cidade, no comando da 3ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Esporte (Dired), segundo Cid Arruda, o principal cargo da região. “O rompimento é com o governo e não com o PMN”, salientou.
Ele assinalou que conversou com o vice-governador Robinson Faria (PMN) assim que soube da possível nomeação da bioquímica e pediu que a escolha para o comando da Dired partisse do próprio ex-presidente da Assembleia Legislativa. A ideia, segundo Cid Arruda, era não prestigiar nenhum grupo em detrimento de outro. “Rosalba Ciarlini veio em Nova Cruz e disse que Robinson Faria seria o governador da região Agreste. O que estamos vendo não é isso”, desabafou o ex-prefeito.
Cid Arruda relembrou também que apoiou os deputados eleitos com o maior número de votos na região – Fábio Faria, para federal, e Raimundo Fernandes, para estadual – o que não justificaria o preterimento ao grupo de Flávio Azevedo. “Eles preferiram apoiar candidatos da aliança de Iberê, que foram Henrique Alves para federal e Ezequiel Ferreira, para estadual”, criticou.
Cid Arruda ressentiu-se ainda de que cada demonstração de prestígio que Rosalba dava ao grupo do atual prefeito se traduzia em “achincalhes” e “provocações” por parte dos aliados de Flávio Azevedo. “Agora mesmo, quando a mulher dele foi nomeada passaram a noite soltando foguetões. Refleti, ouvi minha base e resolvi ficar no meu lugar. Não tem volta”, enfatizou Cid Arruda.
O ex-prefeito de Nova Cruz somente optou pelo apoio à Rosalba Ciarlini face o líder do seu partido, o PMN, ser candidato na condição de vice. Ele disse que não se arrepende da decisão tomada - “faria tudo de novo”, embora os correligionários tenham demonstrado desde o início a insatisfação do apoio à Rosalba Ciarlini. Cid Arruda deixa um programa semanal que comandava na rádio do vice-governador. “Não me sentiria a vontade. Vou bater no governo e ele é do governo. Mas o problema não é com o PMN”, assinalou.
bate-papo - » Cid Arruda ex-prefeito de Nova Cruz
O que aconteceu?
Os deputados do meu partido já haviam me informado que as indicações de Nova Cruz iam ficar para depois da eleição da Assembleia, que foi no dia 1º. No dia seguinte eu vi a notícia de que no dia 3 iam ser empossados os diretores das Direds. Eu já vinha conversando com o vice-governador Robinson e disse que se fosse para escolher que ele o fizesse, que era o mais correto. Eu entrei em contato com Robinson, com Fábio e Raimundo Fernandes. Robinson não estava sabendo de nada. Vão colocar a mulher do prefeito?, perguntei a ele. No primeiro momento conseguiram sustar a nomeação dela. Tanto é que no dia 3 a governadora deu posse no auditório e ela não estava lá. Mas depois, no dia 4, o Diário Oficial trouxe a confirmação. Eu já tinha dito que se acontecesse isso, não ficaria mais no governo.
O senhor falou que aliados seus temem perseguição...
Ela [Ana Karla Cartacho] é radical, persegue as pessoas. Eles ficam fazendo achincalhe, os professores nossos indignados, pensando que Rosalba ia botar uma pessoa da área e não coloca um representante de uma das administrações mais fracas do Estado.
O senhor continua acompanhando o vice-governador?
Eu não estou rompendo com Robinson, estou saindo do governo. Agora eu me sinto desconfortável de estar na emissora dele criticando o governo do qual ele faz parte.
Cid Arruda relembrou também que apoiou os deputados eleitos com o maior número de votos na região – Fábio Faria, para federal, e Raimundo Fernandes, para estadual – o que não justificaria o preterimento ao grupo de Flávio Azevedo. “Eles preferiram apoiar candidatos da aliança de Iberê, que foram Henrique Alves para federal e Ezequiel Ferreira, para estadual”, criticou.
Cid Arruda ressentiu-se ainda de que cada demonstração de prestígio que Rosalba dava ao grupo do atual prefeito se traduzia em “achincalhes” e “provocações” por parte dos aliados de Flávio Azevedo. “Agora mesmo, quando a mulher dele foi nomeada passaram a noite soltando foguetões. Refleti, ouvi minha base e resolvi ficar no meu lugar. Não tem volta”, enfatizou Cid Arruda.
O ex-prefeito de Nova Cruz somente optou pelo apoio à Rosalba Ciarlini face o líder do seu partido, o PMN, ser candidato na condição de vice. Ele disse que não se arrepende da decisão tomada - “faria tudo de novo”, embora os correligionários tenham demonstrado desde o início a insatisfação do apoio à Rosalba Ciarlini. Cid Arruda deixa um programa semanal que comandava na rádio do vice-governador. “Não me sentiria a vontade. Vou bater no governo e ele é do governo. Mas o problema não é com o PMN”, assinalou.
bate-papo - » Cid Arruda ex-prefeito de Nova Cruz
O que aconteceu?
Os deputados do meu partido já haviam me informado que as indicações de Nova Cruz iam ficar para depois da eleição da Assembleia, que foi no dia 1º. No dia seguinte eu vi a notícia de que no dia 3 iam ser empossados os diretores das Direds. Eu já vinha conversando com o vice-governador Robinson e disse que se fosse para escolher que ele o fizesse, que era o mais correto. Eu entrei em contato com Robinson, com Fábio e Raimundo Fernandes. Robinson não estava sabendo de nada. Vão colocar a mulher do prefeito?, perguntei a ele. No primeiro momento conseguiram sustar a nomeação dela. Tanto é que no dia 3 a governadora deu posse no auditório e ela não estava lá. Mas depois, no dia 4, o Diário Oficial trouxe a confirmação. Eu já tinha dito que se acontecesse isso, não ficaria mais no governo.
O senhor falou que aliados seus temem perseguição...
Ela [Ana Karla Cartacho] é radical, persegue as pessoas. Eles ficam fazendo achincalhe, os professores nossos indignados, pensando que Rosalba ia botar uma pessoa da área e não coloca um representante de uma das administrações mais fracas do Estado.
O senhor continua acompanhando o vice-governador?
Eu não estou rompendo com Robinson, estou saindo do governo. Agora eu me sinto desconfortável de estar na emissora dele criticando o governo do qual ele faz parte.
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